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21 janeiro, 2009

Meteorito Bocaiúva é apresentado em evento da UFMG

meteoritoBocaiuva.jpgBocaiúva. Este é o nome do maior meteorito (foto) já encontrado em Minas Gerais. O corpo celeste caiu no município que lhe deu o nome, no Norte de Minas, em 1965, pesa 62 quilos e tem cerca de 50 cm de diâmetro. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) abriu as atividades do Ano da Astronomia, esta semana, com a exposição do meteorito. Um fragmento do Bocaiúva foi analisado em uma microssonda eletrônica, que permite verificar que elementos químicos fazem parte de sua composição. De acordo com o professor do Departamento de Física da UFMG Aba Israel Cohen Persiano, coordenador do Laboratório de Microanálises, foi detectada, por exemplo, a presença de carbono no Bocaiúva, o que ainda não havia sido descrito em outras observações do meteorito.


O Bocaiúva está exposto permanentemente no Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Na sexta-feira, 23, o meteorito estará em exposição para o público, na Festa Científica de Reinauguração do Observatório do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, que também integra as atividades do Ano Internacional da Astronomia.


Histórica astronômica


Terra natal de Herbert de Souza - o Betinho, da Ação da Cidadania contra a fome e a miséria -, de José Maria Alkmim - amigo de Juscelino Kubitscheck, ex-ministro da Fazenda, ex-vice-presidente da República -; de Patrus Ananias - atual ministro do Desenvolvimento Social -, e de tantos outros filhos ilustres, o município de Bocaiúva foi cenário de um acontecimento que o colocou em evidência em todo mundo. O ano foi 1947. Bocaiúva era o "ponto zero". Cientistas e militares de vários países aportaram na cidade para observar o primeiro eclipse solar previsto cientificamente. Fizeram um verdadeiro acampanhamento de guerra na região conhecida como Extrema, na zona rural, há cerca de 15 km do centro da cidade. Telescópios, balões meteorológicos e todos equipamentos de ponta estavam a disposição da equipe de cientistas. Além dos veículos de transporte terrestre, a "Fortaleza Voadora B-17" pousava e decolava da pista construída especialmente para receber as aeronaves. O fato foi observado por cientistas e pela imprensa mundial. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, de 20 de maio de 1947, após o eclipse as primeiras declarações dos cientistas americanos e brasileiros que observam a marcha do eclipse foram as seguintes: "Perfeito o trabalho. Raramente se poderá conseguir um campo de observação com as condições atmosféricas tão propícias como as que predominaram esta manhã em Bocaiúva". De acordo com Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (Ceamig), "aquele eclipse era muito importante para a astronomia internacional pois, após a guerra, era a primeira oportunidade de se observar um eclipse de grande duração, e que seria visível em regiões com boas qualidades logísticas". Ainda de acordo com a entidade, George Van Biesbroeck, do Observatório de Yerkes, EUA, planejava observar o efeito Einstein, como forma de tentar comprovar a Teoria da Relatividade. Dessa forma, Bocaiúva é conhecida no cenário astronômico como a Capital Espacial.

Um comentário:

  1. Como um bom bocaiuvence eu tambem me sinto pretigiado por ter nascido nesta linda cidade.
    Eu, sou filiz por ter vivido a minha infância curtindo a praça de esportes, o mercado, a igreja, a sua praça,sua fontre iluminna, e fazendo parte dos meninos da cidade.
    Tomando banho de rio brincando, nas enchorradas fazendo açudes, estudando, vivendo e amando meu lugar.
    wandic de Jesus Santos wandics@terra.com.br

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