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17 maio, 2010

MST ocupa fazenda que utilizava escravos

A ocupação tem questões históricas envolvidas. Ao fundo, à direita, chaminé da usina de açúcar que funcionou no século passado.

"Queremos retomar a dignidade daqueles que foram escravizados neste lugar, daqueles que deram seu sangue e seu suor", diz Edvaldo 'Primo' Soares, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, se referindo à Fazenda Sítio, ocupada desde a madrugada de domingo, 16.

Cerca de 100 famílias, inclusive crianças e idosos, estão acampadas no pátio da fazenda, distante 55 km de Bocaiuva, no Norte de Minas.

De acordo com Primo, o local da ocupação foi escolhido por suas características peculiares. “Muitos perderam suas vidas neste lugar”, relembra o coordenador. Ele se refere aos trabalhadores que sofreram a escravidão no início do séc. XX, na fazenda que abrigou uma das primeiras usinas de açúcar da região.


O local é patrimônio histórico municipal e contém, até hoje, os instrumentos utilizados para o castigo dos escravos, como o tronco e o cepo (foto abaixo).


Texto e fotos: Jair Bastos


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