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25 fevereiro, 2010

Cinema Comentado e CineSesc fecham fevereiro com mais dois premiados

Nesse sábado, 27/02, o Cinema Comentado Cineclube e o CineSesc encerram a discussão sobre o cinema indiano exibindo O MUNDO DE APU (1959) – capítulo final da premiada trilogia do diretor Satyajit Ray. Apu é um ex-estudante desempregado que sonha com um vago futuro como escritor. Um antigo colega convence-o a ir com ele a um casamento na província. A sua vida vai mudar, pois o noivo enlouquece e Apu acaba casando-se e regressa a Calcutá com a sua bela mulher. Mas Aparna morre no parto e o filho Kajal é abandonado aos cuidados dos avôs. Só após um longo período de total indiferença, Apu se encontra preparado para voltar ao mundo.

Para concluir a trilogia, Ray destaca, com força, a humanidade dos personagens. Este terceiro filme já não possui cenários tão belos como o primeiro, a natureza (principalmente em seu início) não está tão presente, mas o cineasta não abandona a tenura: ela cresce aos poucos, à medida que Apu e Aparna se apaixonam. O MUNDO DE APU, ainda que focado na racionalidade e crescimento do protagonista agora só, é um belo conjunto de pequenos instantes simbólicos e majestoso uso de imagens como metáforas. É um filme que simboliza a quase desistência, o rompimento com a idéia de “invencibilidade”, uma imensidão de um mundo e uma nova ironia de Ray.

A realidade da “Trilogia de Apu” é dura, cruel, seca. A existência é paradoxalmente repleta de vida (ainda que entremeada de tantas mortes), de natureza, sons, movimento. Ray passeia entre o bem e o mal, a saúde e a doença, a vida e a morte, numa doçura e realismo impressionantes. Sua maneira de dissecar a realidade social da Índia incorpora perfeitamente o humanismo e a sensibilidade herdadas do neo-realismo italiano.

A crítica Úrsula Rösele (site FilmesPolvo) define muito bem a obra de Satyajit Ray: “Apesar de serem filmes permeados por muitas tragédias, fome e pobreza, há sempre uma idéia de esperança em seus planos, em sua construção cênica. Essa parece ser, para além da história que ele sabe muito bem contar, uma esperança no cinema, em seu potencial e sua força artística”.

O Cinema Comentado Cineclube, em parceria com o CineSesc, acontece todo sábado, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.


Guerra, sonhos e humor no domingo 



No domingo, dia 28/02, o CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube fecham o mês de fevereiro com a exibição de “UNDERGROUND – MENTIRAS DE GUERRA” (1995), do diretor Emir Kusturica. Situações surreais, humor, política, aventura, tragédia, poesia, pátria. Um dos grandes filmes da história do cinema mundial (foto), Palma de Ouro no Festival de Cannes, a trama se passa durante a Segunda Guerra, quando dois amigos fazem fortuna utilizando um grupo de refugiados num porão para produzir armas que vendem no mercado negro. Ao final do conflito, continuam iludindo o grupo por quinze anos, para poder explorá-los. Uma visão crítica da realidade humana, social e política, o filme é uma alegoria perfeita para os dias que correm.

Em UNDERGROUND, Kusturica apresenta de maneira bastante irônica o último meio século de conflitos na sua Iugoslávia, da invasão nazista na segunda grande guerra até a invasão norte-americana na recente guerra dos Balcãs. A absurda vila subterrânea se transforma numa pequena e delirante fábrica; os anos passam e os conflitos continuam, numa situação completamente caótica, criada pela genialidade do cineasta, que mistura o realismo socialista com imagens surrealistas e metáforas de situações sociais e políticas da história. Numa das primeiras cenas mágicas do filme, dezenas de animais exóticos fogem do zoológico de Belgrado debaixo do bombardeio nazista.

Kusturica nasceu em Sarajevo (atual Bósnia) e começou a fazer cinema ainda no colégio, dirigindo filmes independentes, muitos deles premiados em festivais nacionais amadores. Foi um dos mais brilhantes alunos da Famu, a academia cinematográfica de Praga, onde estudou de 1973 a 1977. Por seu projeto de graduação, o curta-metragem em preto-e-branco “Guernica”, ganhou o primeiro prêmio do Festival Internacional de Cinema Estudantil, em Karlovy-Vary (República Tcheca). Sua obra coleciona prêmios em Cannes, Berlim e Veneza sempre incorporando elementos da realidade e dos sonhos numa narrativa crítica e irônica.

Para Fábio Rossano Dario (site CinePlayers), o cineasta é “uma figura pagã, anárquica, poética, uma mente fértil, cheia de fantasias surrealistas, com um estilo próprio e único. Talvez possamos enxergar um pouco de Felini em algumas cenas tragicômicas de UNDERGROUND. Nos seus filmes pode-se sentir a forte presença circense e cigana. As imagens, as cores e a dramaticidade dos atores, muitas vezes amadores, são muito valorizadas, assim como a música. Para quem é apaixonado pelo cinema europeu, UNDERGROUND, assim como toda a obra de Kusturica deve ser vista”.

O CineSesc acontece em parceria com o Cinema Comentado Cineclube e a Programadora Brasil, apresentando sessões todos os domingos, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros, a partir das 19h. O endereço do Salão é Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). As sessões são gratuitas, abertas a todos os interessados, e depois acontece um bate-papo com a platéia sobre o filme apresentado.

PROXIMAS ATRAÇÕES: 

06/03 - Jogo de Cena (2007), dir: Eduardo Coutinho.
07/03 - Um Beijo Roubado (2007), dir: Wong Kar-Wai.
13/03 - Down by Law (1986), dir: Jim Jarmusch.
14/03 - A Culpa é do Fidel (2006), dir: Julie Gavras.

Fonte: Cinema Comentado Cineclube e CineSesc

23 fevereiro, 2010

Bocaiuva abre 188 vagas para diversos cargos

Sem muito alarde, tiveram início na sexta-feira passada, 19, as inscrições para o processo seletivo da Prefeitura de Bocaiuva, no Norte de Minas, com o objetivo de preencher 188 vagas de níveis fundamental (inclusive incompleto), médio e superior. 

Serão três processos para diferentes cargos e setores de trabalho como as unidades do Programa Saúde da Família, o Hospital Dr. Gil Alves e as secretarias municipais.

Os salários vão de R$ 510,00 a R$ 2.096,05 para os contratos que terão tempo determinado

As inscrições custam R$ 20,00, 30,00 e 50,00 para os cargos de nível fundamental, médio e superior, respectivamente.

Antes de fazer a inscrição, clique e leia atentamente os editais para cada processo seletivo: 




Os candidatos podem se inscrever até às 20h do dia 5 de março de 2010, no site do Instituto de Gestão Organizacional e Tecnologia Aplicada – IGETEC, executora do processo seletivo.

Até as nuvens fogem do sol


Foto tirada agora a pouco na região norte de Bocaiuva, MG, onde os termômetros registram 30ºC. De acordo com o site Climatempo, a umidade relativa do ar em torno de 50% e a previsão de sol nos próximos dias e pancadas de chuva. Mas, a percepção é que a chuva vai demorar um pouco a cair. 
Enquanto o tempo bom não chega, um grupo de fiéis católicas realiza a novena da chuva pedindo uma intervenção divina para o problema que assola, não só a terra do Senhor do Bonfim, mas todo o Norte de Minas e Vale do Jequitinhonha.

Foto e texto: Jair Bastos

20 fevereiro, 2010

CINEMA: Um indiano e um francês nas telas do SESC


Nesse sábado, 20/02, o Cinema Comentado Cineclube e o CineSesc exibem o segundo filme da “Trilogia de Apu”: O INVENCÍVEL (1956), mais um sucesso do premiado diretor indiano Satyajit Ray. Apu agora é um adolescente. Após viver algum tempo em Benares, o jovem de dez anos muda-se com a mãe para a casa de um tio. Ele freqüenta a escola e se destaca entre os colegas ao ponto de receber uma bolsa de estudos para um colégio de Calcutá. Apu decide partir, deixando a mãe angustiada com sua ida e crescente independência. Ela ama muito o filho e pretende o seu sucesso, mas não quer ficar sozinha.

A partir de O INVENCÍVEL, a narrativa do diretor Satyajit Ray se modifica drasticamente em relação àquela apresentada no filme anterior (“A Canção da Estrada”). O caráter universal sugerido pelo primeiro título da série se desmancha em parte para dar vazão a uma história que ganha tons locais. Apu está crescido e, na Índia colonial, receber uma bolsa de estudos era como ganhar na loteria. O rapaz, agora ciente da realidade e das possibilidades de desenvolvimento, refuta um possível retorno ao passado miserável, preferindo aceitar a chance de estudar em Calcutá e ter uma profissão. Durante este período, faz raras visitas à mãe. As escolhas de Apu para com sua família marcarão profundamente sua existência, a partir dos acontecimentos apresentados no decorrer do filme.

De elevado realismo, o cinema de Ray funda-se na escola Italiana a que teve acesso, sobretudo, em Londres. A nostalgia, o desânimo e a compaixão são as suas armas cinematográficas, num país que teimava em não acertar o passo da produção de cinema. Por isso, o cineasta escreveu nos anos 1940: “A crueza das imagens do cinema é a própria vida. É inacreditável como um país que inspirou tanta pintura, música, e poesia, falhe perante o realizador de cinema. Ele só tem de ter os olhos abertos e os ouvidos atentos. Deixem-no fazê-lo”.
E Satyajit fez perfeitamente o retrato da vida em seus filmes provocando o seguinte comentário de Akira Kurosawa: “Não ter visto o cinema de Ray significa existir no mundo sem ver o sol ou a lua”. Classificação etária: 12 anos.

Cinema Comentado Cineclube, em parceria com o CineSesc, acontece todo sábado, a partir das 19h, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros – Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). A entrada é gratuita e há sempre um bate-papo após as exibições.

Dilemas morais e ação no domingo
           
No domingo, dia 21/02, o CineSesc e o Cinema Comentado Cineclube exibem CÃO DE BRIGA (2005), filme de ação francês dirigido por Louis Leterrier. Danny foi criado como um cão por Bart, um mafioso do submundo. Ensinado a lutar e obedecer, ele é a “principal arma” do criminoso em sua rotina de crimes e extorsão. Basta tirar a coleira e observar Danny acabar com seus inimigos. Ferido numa emboscada, Danny encontra o apoio de Sam, um pianista cego que o abriga. Mais animal que homem, o “cão de briga” passa a se comunicar e descobrir os prazeres da vida, da amizade e do amor. O retorno de Bart coloca sua nova família em perigo e Danny deve lutar novamente. Desta vez, por sua liberdade.

Produzido por Luc Besson (diretor de “O Profissional”, “Nikita” e “O Quinto Elemento”), um dos maiores nomes do novo cinema francês de ação e de ficção científica, CÃO DE BRIGA é uma produção híbrida que ancora as seqüências de lutas, coreografadas com precisão pelo especialista Yuen Wo Ping – responsável pelos combates de “Matrix”, com uma “atualização” do mito de Frankenstein para o universo da máfia. O elenco internacional inclui nomes como Morgan Freeman, Bob Hoskins e Jet Li. Outro grande trunfo do filme é a trilha sonora: criada pelo trio eletrônico Massive Attack, a música incidental está em quase todos os momentos do filme e ajuda a compor a atmosfera sem qualquer interferência exagerada.

Para o diretor Leterrier, CÃO DE BRIGA é “uma história forte cujo enredo produz as seqüências fortes. O personagem de Danny, o que ele é, implica um lado violento, e o meio do qual ele procura se libertar não é afetuoso e não o deixará escapar assim tão fácil. É um filme profundamente humanista e pacifista. Ele insiste no fato de que a violência não é uma fatalidade, que todos têm direito a uma segunda chance. Podemos quebrar o molde dentro do qual fomos criados para descobrir nossa identidade”. Classificação etária: 16 anos.

CineSesc acontece em parceria com o Cinema Comentado Cineclube e a Programadora Brasil, apresentando sessões todos os domingos, no Salão de Convenções do Sesc-Pousada Montes Claros, a partir das 19h. O endereço do Salão é Rua Viúva Francisco Ribeiro 199 (Ginásio do Sesc). As sessões são gratuitas, abertas a todos os interessados, e depois acontece um bate-papo com a platéia sobre o filme apresentado.

PRÓXIMAS ATRAÇÕES:
27/02 – “O Mundo de Apu” (1959), dir: Satyajit Ray.
28/02 – “Underground-Mentiras de Guerra” (1995), dir: Emir Kusturica.

Fonte: Cinema Comentado Cineblube e CineSesc

16 fevereiro, 2010

Caminhão cai em viaduto e mata três pessoas




Três pessoas que estavam num caminhão VW 23220, cor branca, com placa de Bom Conselho – PE, morreram depois que o veículo se chocou com a mureta de proteção da ponte e caiu sobre a linha férrea. O acidente aconteceu na manhã do domingo, 14, na altura do Km 425 da BR 135, a 15 km de Bocaiuva, Norte Minas,. Os corpos do motorista, de 39 anos, e outros dois passageiros, de 26, tiveram que ser retirados das ferragens. Os nomes das vítimas e as causas do acidente não foram informadas.





ANIVERSÁRIO SINISTRO - Outro acidente que aconteceu há exatamente seis anos, próximo dali, também vitimou fatalmente três pessoas e deixou várias feridas, entre elas, o editor d’O Pequizeiro. O ônibus, no qual estava o jornalista, chocou-se de frente com um caminhão, carregado de carvão. Neste caso, também, as causas ainda não foram divulgadas até hoje. O fato foi noticiado pela grande imprensa e faz parte das estatísticas de acidentes nas estradas mineiras.

13 fevereiro, 2010

Modificando o layout

Para dar um visual mais moderninho, estou mudando o layout do blog.
Peço desculpas pelo transtorno, mas logo estaremos "bonitinhos".
Bom feriado!

12 fevereiro, 2010

O criador do Web fala como foi construir a linguagem da rede