O corpo do agente penitenciário Wedson Eduardo Cruz foi enterrado agora, à tarde, no Cemitério Parque Santa Lúcia, em Bocaiúva, sua terra natal. Emoção e revolta se misturaram nos rostos de parentes, amigos, agentes penitenciários, autoridades militares e civis presentes ao enterro. Wedson tinha 30 anos, já foi radialista e animador de festas. Também era conhecido na cidade pela sua alegria. A declaração de muitos na última despedida era justamente essa: "por onde ele passava, fazia as pessoas sorrirem com suas brincadeiras".
O som da banda de música foi substituído pelas músicas religiosas cantadas por um coral de jovens ao som do violão. Wedson fazia parte do Jubocc - Jovens Unidos de Bocaiúva com Cristo - grupo da Igreja Católica, que compareceu em peso para prestar a última homenagem ao amigo.
SEGURANÇA - Entre os agentes penitenciários, a indignação. Segundo eles, Cruz - como era chamado - só cuidava (e bem) da entrega de utensílios e do corte de cabelo dos presos, e não haveria motivo para retaliações contra o agente. Os agentes agora querem mais segurança para o trabalho, mas não se deixam intimidar pelo assassinato do colega. "Estamos cumprindo nosso dever e vamos continuar assim", afirmam.
EMBOSCADA - Na manhã desta quarta-feira, 4, o agente penitenciário Wedson Cruz levou seis tiros ao passar pela rua Cem, no bairro Village do Lago II, em direção à penitenciária Alvorada, em Montes Claros, onde trabalhava. Mesmo ferido, ele conseguiu pilotar sua moto por mais de um quilômetro, até o presídio regional, onde pediu socorro aos colegas e foi levado para o hospital Aroldo Tourinho. Wedão do Jubocc, como era conhecido, passou por cirurgias, mas não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das 15 horas.
É realmente lamentável vermos um rapaz jovem que tinha uma vida toda pela frente, lutador, honesto e que tinha uma vida social super sossegada.Cheio de amigos perdemos uma pessoa muito querida e quecom certeza trouxe muitas coisas boas para as pessoas ao seu redor. A sociedade está tão violenta que todos nós vivemos com medo de tudo e todos, essa tragédia que abalou uma família, amigos e uma cidade não pode ficar impune e o que posso desejar é que a família receba de Deus toda a força necessária para superar essa tragédia e aos nossos governantes que deem mais proteção aos cidadãos e especialmente aos que correm risco no seu exercício profissional como foi o caso do Wedson
ResponderExcluir