27 janeiro, 2009
FONTE DE POLÊMICA, COMPLEXO TURÍSTICO PODE SER FINALIZADO ATÉ JULHO
NO EMBALO DO ANO DA ASTRONOMIA, BOCAIÚVA RETOMA PROJETO DO OBSERVATÓRIO
O projeto de construção de um observatório astronômico na cidade será retomado. Foi o que afirmou o prefeito de Bocaiúva, Ricardo Veloso (PSDB) [foto ao lado], à reportagem d'O PEQUIZEIRO. Ele esteve, em Belo Horizonte, na abertura do Ano Internacional da Astronomia promovido pela UFMG, que teve a exposição e observação microscópica do meteorito Bocaiúva [foto abaixo], encontrado no município que lhe deu nome, em 1965. Durante o evento, Veloso manteve contato com o professor do Departamento de Física e coordenador do Grupo de Astronomia, Renato Las Casas, reforçando a intenção de parceria com a entidade para implantar um centro de ciências em Bocaiúva.
.: MARCO DO ECLIPSE
O local que vai abrigar o observatório e outras atividades científicas fica na região de Extrema, zona rural do município, área onde está o marco do eclipse solar de 1947. De acordo com os primeiros entendimentos sobre o projeto, o prédio inacabado de uma escola municipal irá compor o conjunto de edificações do centro de ciências. O professor e astrônomo Bernardo Riedel, dos mais destacados especialistas em construção de telescópios do país, também conversou com o prefeito de Bocaiúva, reafirmou seu interesse e se colocou à disposição para levar o projeto adiante.
.: SUSTENTABILIDADE
Veloso destacou ainda a importância da parceria com a Unimontes, em especial, com o início das atividades do campus de Bocaiúva, com os cursos de Química e Física, este ano. "Os dois cursos serão fundamentais para implementar o projeto, que também vai se preocupar com aspectos particulares da região", disse o prefeito, referindo-se à abertura do centro de ciências para as pesquisas sobre a convivência com a seca e a sustentabilidade do cerrado.
21 janeiro, 2009
Meteorito Bocaiúva é apresentado em evento da UFMG
Bocaiúva. Este é o nome do maior meteorito (foto) já encontrado em Minas Gerais. O corpo celeste caiu no município que lhe deu o nome, no Norte de Minas, em 1965, pesa 62 quilos e tem cerca de 50 cm de diâmetro. A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) abriu as atividades do Ano da Astronomia, esta semana, com a exposição do meteorito. Um fragmento do Bocaiúva foi analisado em uma microssonda eletrônica, que permite verificar que elementos químicos fazem parte de sua composição. De acordo com o professor do Departamento de Física da UFMG Aba Israel Cohen Persiano, coordenador do Laboratório de Microanálises, foi detectada, por exemplo, a presença de carbono no Bocaiúva, o que ainda não havia sido descrito em outras observações do meteorito.
O Bocaiúva está exposto permanentemente no Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Na sexta-feira, 23, o meteorito estará em exposição para o público, na Festa Científica de Reinauguração do Observatório do Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, que também integra as atividades do Ano Internacional da Astronomia.
Histórica astronômica
Terra natal de Herbert de Souza - o Betinho, da Ação da Cidadania contra a fome e a miséria -, de José Maria Alkmim - amigo de Juscelino Kubitscheck, ex-ministro da Fazenda, ex-vice-presidente da República -; de Patrus Ananias - atual ministro do Desenvolvimento Social -, e de tantos outros filhos ilustres, o município de Bocaiúva foi cenário de um acontecimento que o colocou em evidência em todo mundo. O ano foi 1947. Bocaiúva era o "ponto zero". Cientistas e militares de vários países aportaram na cidade para observar o primeiro eclipse solar previsto cientificamente. Fizeram um verdadeiro acampanhamento de guerra na região conhecida como Extrema, na zona rural, há cerca de 15 km do centro da cidade. Telescópios, balões meteorológicos e todos equipamentos de ponta estavam a disposição da equipe de cientistas. Além dos veículos de transporte terrestre, a "Fortaleza Voadora B-17" pousava e decolava da pista construída especialmente para receber as aeronaves. O fato foi observado por cientistas e pela imprensa mundial. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, de 20 de maio de 1947, após o eclipse as primeiras declarações dos cientistas americanos e brasileiros que observam a marcha do eclipse foram as seguintes: "Perfeito o trabalho. Raramente se poderá conseguir um campo de observação com as condições atmosféricas tão propícias como as que predominaram esta manhã em Bocaiúva". De acordo com Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais (Ceamig), "aquele eclipse era muito importante para a astronomia internacional pois, após a guerra, era a primeira oportunidade de se observar um eclipse de grande duração, e que seria visível em regiões com boas qualidades logísticas". Ainda de acordo com a entidade, George Van Biesbroeck, do Observatório de Yerkes, EUA, planejava observar o efeito Einstein, como forma de tentar comprovar a Teoria da Relatividade. Dessa forma, Bocaiúva é conhecida no cenário astronômico como a Capital Espacial.
AGENDA CULTURAL - 12 horas de música eletrônica
Na agenda cultural d' O Pequizeiro , deste final de semana, a música eletrônica invade Montes Claros. Segundo os organizadores, serão 12 horas de techno, trance, psy e todos os ritmos eletrônicos que embalam as festas pelo mundo todo. E ainda prometem um cenário especial, com novo formato de ambiente, sonorização e conceitos estéticos inovadores. Os comandantes da noite (e do dia) são DJ Puzzle, DJ Pin, DJ MaxGrillo e mais cinco DJs de renome nacional e internacional.
11 janeiro, 2009
Deus de concreto gera polêmica
Agora, depois de começada a obra, o complexo turístico que integra a imagem do Cristo Misericordioso pode não ser concluído. O novo prefeito, Ricardo Veloso (PSDB), considera que outros pontos são mais prioritários para o início da sua segunda administração.
Confira a reportagem de Luiz Ribeiro, do jornal Estado de Minas/Diários Associados Press.